sexta-feira, outubro 02, 2009

Rúcula - Eruca Sativa



Embora ainda pouco conhecida entre nós, a rúcula tem vindo a abrir caminho na cozinha portuguesa. É originária do Mediterrâneo e Ásia Ocidental (BIOREGE, 2006) e tem uma longa história de utilização medicinal. Os seus atributos afrodisíacos são um dos mais mencionados por Virgilius, Dioscórides e Galenus. Tais atributos foram também a razão pela qual a rúcula foi aparentemente proibida nos mosteiros durante séculos (Hedges e Lister, 2005) e considerada uma plantae non grata, apenas consumida por famílias "pagãs", daí a razão de se encontrar fortemente enraízado o consumo de rúcula em Itália e Grécia. A rúcula é também conhecida como “mostarda persa” por ter um sabor bastante semelhante ao da mostarda, ou seja, picante, embora o seu sabor seja mais forte e mais amargo. Este sabor forte e amargo deve-se à presença do óleo volátil de mostarda.

Devido ao seu sabor tão forte que se sobrepõe ao sabor dos outros alimentos, o uso da rúcula na culinária é,digamos, um pouco limitado. É mais utilizada crua em saladas, ou cozida como acompanhamento de carnes, massas e frutos do mar. A rúcula contém pró-vitamina A (como beta-caroteno), vitamina C, ácido fólico, cálcio, ferro e fibras. Tem ainda luteína, flavonóides, glucosilonatos (Barillari et al, 2005; Hedges e Lister, 2005) que são antioxidantes naturais. É rica em ácidos gordos polinsaturados (ómega 3) e é pobre em calorias. O seu uso tradicional como diurético, digestivo, emoliente, tónico, depurativo, laxativo, rubefaciente e estimulante encontra-se bem documentado de acordo com as referências dadas por Alam et al (2007) que podemos fornecer-vos caso estejam interessados.

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