Os acontecimentos dos últimos tempos deixam-nos apreensivos em relação ao futuro. O aumento do preço dos combustíveis é um facto irreversível. O preço do petróleo nunca mais baixará aos níveis que estávamos habituados. Especula-se mesmo que dentro de 2 ou 3 anos o preço do barril de petróleo atinja os 200 ou 250 dólares.
Os protestos começam-se a surgir, por aqueles que mais dependem do maldito combustível. Ninguém ficou certamente indiferente à greve dos camionistas e ainda bem. Convém perceber que vivemos num mundo altamente dependente do transporte de todo o tipo de bens, mas neste caso importa mais realçar os bens alimentares.
Assistimos a produtores de alimentos a perderem as suas vendas por falta de transporte e consumidores sem produtos frescos nos supermercados por falta de fornecimento.
Com isto, e sabendo que é irrealista pensar que o preço dos combustíveis ira baixa, levantam-se algumas questões.
- Como será assegurado o fornecimento das grandes cidades no futuro próximo?
- Estaremos nós a tempo de fazer algo para nos protegermos de uma eventual escalada descontrolada dos combustíveis?
Vivendo eu nos arredores de uma grande cidade, sendo pai e tendo profunda consciência das consequências que se aproximam tenho assistido nestes últimos anos com grande preocupação ao problema energético que nos está a bater à porta.
Por isso decidi também apostar no projecto Raízes, um projecto que vista fornecer o mais directamente possível as pessoas com legumes e fruta.
Aquilo que venho afirmando à dois anos é que temos de apostar em produção local para consumo local, sistemas de distribuição mais curtos.
Nós certamente não temos problemas em conseguir produtos frescos e a razão está em termos um contacto directo com o consumidor e o agricultor.
Portanto, a solução passa por optar por um sistema de fornecimento diferente, de preferência ao domicilio e proveniente de uma origem o mais próxima possível. Esta é sem dúvida uma solução que está nas nossas mãos.
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