Desde o ínicio da ideia para a formação da Raízes, muita água tem corrido por baixo do moinho e com todo o custo inerente ao inicio de uma nova actividade lá fomos e vamos puxando a carroça para a frente.
É no entanto inegável que, (mesmo com vários sinais de grande esperança), existe ainda um enorme travão que opera a todo o instante e em todo o lado.
Falo de muitas pessoas que, apesar de atacarem a comida artificial de hoje, olham ainda esta nossa actividade agrícola como algo de inferior.
Afinal para muitos a Agricultura continua a ser uma actividade para pessoas com pouca formação e que não é "tão honrosa" como a actividade de médico, engenheiro, ou outros típicos canudos.
Pergunto-me, se estas pessoas têm a noção do Planeta onde vivem e do que a Mãe Terra lhes oferece?!
Pergunto ainda. Será que não devemos apoiar todos aqueles que procuram compreender, aceitar e trabalhar harmoniosamente com o Planeta Mãe?
Parece-me óbvio que em relação à segunda pergunta que deixo, teremos que deixar claro que aqueles que procuram trabalhar harmoniosamente e respeitosamente com a Mãe Terra e a procuram compreender são os Agricultores que praticam uma agricultura biológica.
Os que praticam uma agricultura biológica e se constata terem qualificações acima bem acima da média, que estudam, que procuram viver de certa forma em paz e amor com a natureza, sem a violar nem explorar.
Será esta uma actividade menos honrosa?!
Será que aqueles que trabalham a Terra para que os médicos, "tão preocupados com a Saúde", e os Advogados, "tão preocupados com a justiça", possam ter alimentos dignos desse nome são inferiores a eles?
É que às vezes ouço por ai ou leio no pensamento;
Repara como ele que até teve oportunidades para estudar como poucos, que tinha um emprego estável, foi-se para a Agricultura!!!
E existe quase que uma censura ou um acusar, como se houvesse uma falta de agradecimento pelas oportunidades de nos foram dadas e que para essas pessoas não as soubemos apoveitar.
E depois de ir assistindo a isto, vou sentido a motivação a aumentar...e a força para não desistir nunca...talvez por isso às vezes me chamem de teimoso
Pedro M. Rocha
4 comentários:
Não sei até que ponto será possível para uma grande maioria de pessoas manter o "status quo": de uma forma ou outra isto vai ter de se quebrar em algum lado. Não só a fabricação de diplomados em grande escala não fará sentido muito brevemente (e já começa a não fazer) como um quotidiano cada vez mais cinzento e desmotivante pesa cada vez mais nos comportamentos - não acredito que as pessoas sejam realmente felizes nesta correria que se tornou a vida do "comum dos mortais". E não precisa de ser assim. Mas realmente precisamos de algum tempo para pensar e para encontrar um equilíbrio que se reflicta em relações mais sadias com os outros e o mundo. Temos de começar por uma ecologia da mente. Não se trata de uma simples nostalgia do "voltar à terra", mas de um re-encontro com o que é realmente essencial e fundamental para nós e para toda a existência.
Chame-se teimosia, Amor pela Mãe Terra ou o que se quiser.
Eu chamo-lhe, acima de tudo, AMOR! Pelo Planeta, pela Humanidade (mesmo a que não entende...), pela Vida!
Chamo-lhe Coragem, por arriscarem seguir o caminho que sabem correcto e faz sentido.
Abençoada teimosia!!
Continuação de Boa Jornada! Estou convosco.
Pedro, ñ te preocupes com os olhares exteriores a ti!
O q importa é o teu 'intímo' olhar, e pelo q li aqui, é lindo!
Continua uma actividade tão bela e serena, cultiva com afecto as 'tuas' raízes q se misturam na terra e vive tranquilamente, como já o fazes!
A cada ser sua 'missão'!
saudações ambientalistas
Ficamos gratos pelos comentários.
E deixamos a garantia de que não desistiremos da nossa missão.
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